Performancing Metrics

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Debate em São José discute situação do Hati sob ocupação de tropas brasileiras

Um debate, realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), na noite desta quinta-feira, dia 19, abordou a visita da delegação da Conlutas ao Haiti e a situação do país, que enfrenta a ocupação militar das tropas da ONU, sob o comando do Exército Brasileiro.

Estavam presentes no debate o coordenador da delegação, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Valdir Martins (foto à esquerda abaixo), os aposentados Francisco Cabral e José Nunes, a advogada e militante do PSTU Nícia Bosco e o jornalista Rodrigo Correia.

Todos eles estiveram no Haiti, de 27 de junho a 3 de julho, numa missão de solidariedade aos trabalhadores haitianos que exigiu a imediata saída das tropas brasileiras de lá.

Houve exibição de fotos e vídeos da delegação, que expôs, durante mais de duas horas, a realidade do povo e os efeitos da invasão de tropas estrangeiras contra aquela nação.

Toninho falou da história do Haiti desde a sua independência, em 1804. O Haiti é o único país a ter uma revolução de escravos vitoriosa, que acabou decretando o fim da colonização francesa.

Foram relatados os vários golpes, ocupações estrangeiras e ditaduras sofridas pelos haitianos desde 1804. Todos estes fatos foram e são os causadores do atual estado de miséria daquele país, que é o mais pobre das Américas.

"As tropas brasileiras, junto com as outras, cumprem um papel de deter o processo de autodeterminação dos haitianos, o que tem ocorrido sistematicamente ao longo da história desse povo lutador", disse Toninho.

"As tropas reprimem a população e a organização dos trabalhadores e, em vários casos, violam os direitos humanos. Além disso, a presença dos militares estrangeiros perpetua um projeto de exploração daquele povo, que visa tornar o Haiti um território de mão-de-obra semi-escrava e que garanta muitos lucros aos capitalistas e grandes potências", acrescentou Toninho.

Outros debates sobre o Haiti estão acontecendo, como o que ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, na sede do Sepe (sindicato dos profissionais e funcionários da educação).