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sexta-feira, 29 de junho de 2007

Delegação atravessará o Haiti rumo à cidade da vitória da revolução negra

Nesta sexta, a delegação da Conlutas começa uma viagem dentro do Haiti, para conhecer mais de sua história, sua gente lutadora e a exploração capitalista na nação mais pobre das Américas.

Já foi combinado que saíremos por volta das 6 horas da manhã, do horário local, rumo a Cap-Haitien, que fica na costa norte do Haiti. Cap-Haitien, que significa “Cabo Haitiano”, é a segunda maior cidade do país.

Para chegar até lá, saíremos de onde estamos, a capital Porto Príncipe, e atravessaremos o país. “Serão pelo menos cinco horas de viagem”, nos alerta Didier Domenique, da organização local “Batalha Operária”, que nos recebe nesta viagem de solidariedade.

No caminho, vamos parar para conversar com os trabalhadores rurais e conhecer de perto um pouco de sua realidade. Nas janelas do ônibus, emprestado pela universidade da capital, veremos imagens de um povo que carrega no seu DNA as características de guerreiro e lutador.

Não sabemos como será o acesso à telefonia nem tampouco à internet em Cap-Haitien. Se já estamos com imensa dificuldade em alimentar o blog por questões estruturais em Porto Príncipe, pode ser que o desafio seja ainda maior nos próximos dias. Por isso, se o blog demorar a ser atualizado, entendam nossa dificuldade, companheiros e companheiras.

Programação
Na sexta à tarde, já em Cap-Haitien, devemos falar com os trabalhadores em um auditório da cidade.

No sábado, vamos à “Citadelle”, forte construído pelos escravos depois da revolução de 1804. No mesmo dia, vamos à zona franca de Ouanaminthe. Lá, veremos a realidade dos trabalhadores que são explorados de forma análoga à escravidão. Nas zonas francas, funcionam as chamadas “maquiladoras”, multinacionais que recebem grande isenção de impostos e, em contrapartida, não oferecem aos seus trabalhadores quase nenhum direito trabalhista. Pelo contrário: são recorrentes os relatos de casos de agressão de trabalhadores, inclusive gestantes, e perseguição violenta aos líderes sindicais.

Este, na verdade, é o grande projeto que a ocupação militar da ONU quer perpetuar: tornar o Haiti uma grande zona franca, com mão-de-obra miserável e muitos lucros aos grandes capitalistas.

Na noite de sábado, deveremos voltar à Porto Príncipe.

Até breve (faltam poucas horas para partirmos)!

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa viagem companheiros!
abs,
Rose

Anônimo disse...

Boa sorte, camaradas!
Vc´s são o orgulho internacionalista da Conlutas!
Estamos todos muito orgulhosos de vc´s.
Abraço,

Cláudio Rennó.