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quarta-feira, 27 de junho de 2007

Conlutas e “Batalha Operária” firmam compromisso de luta

No primeiro dia da visita da delegação ao Haiti, o compromisso foi com a Batay Ouvriye (“Batalha Operária”, na tradução para o português), entidade que recebe os 20 delegados brasileiros.

Na chegada ao aeroporto de Porto Príncipe, capital do Haiti, os membros da “Batalha” já nos aguardavam. De lá, pegamos um micro ônibus emprestado de uma universidade da região, que nos levou até o local da reunião.

No trajeto, já pudemos perceber a dura realidade do povo haitiano. Nas moradias precárias, nos veículos antigos e remendados e na imagem de crianças, adultos e velhos tentando ganhar algum dinheiro no comércio ambulante, vemos o rastro da usurpação provocada pelo capitalismo neste país.

Na reunião com os dirigentes da “Batalha Operária”, trabalhadoras e trabalhadores de várias categorias relataram o quadro de exploração vigente no país, perpetrado pela presença imperialista das tropas da ONU, sob o comando do exército brasileiro.

“Estamos muito felizes em receber a delegação de vocês”, disse Jorge, um dos dirigentes da organização. “Precisamos fazer uma luta conjunta com a Conlutas. Quando vocês tiverem alguma mobilização no Brasil, nos comuniquem para que possamos deixar nosso protesto na embaixada brasileira aqui no Haiti”, propôs.

O relato dos trabalhadores haitianos se deu com a colaboração de Jorge e Didier, outro componente da direção do movimento, que traduziam os depoimentos de ora francês ora creole (língua falada pela maioria da população) para um espanhol compreensível aos ouvidos brasileiros.

Um dos momentos mais intensos do encontro foi quando Didier leu a “Carta ao Povo Haitiano”, documento assinado pela delegação e por vários dirigentes políticos e de movimentos populares, sociais e de direitos humanos (Leia a carta aqui). A leitura do documento foi motivo para um efusivo aplauso dos participantes da reunião.

“Queremos sim fazer mobilizações conjuntas, apoiar e colaborar para intensificar a luta valorosa do povo haitiano contra a ocupação das tropas estrangeiras comandadas pelo governo brasileiro”, disse Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, em nome da delegação, às cerca de 50 pessoas presentes.

(fotos: Wladimir de Souza)

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